Hj é terça-feira 29 e acabo de chegar da gravação do programa "Manos e Minas" com apresentação de Rappin Hood e apresentado às quartas-feiras 20:30hs na tv cultura (estréia 07/05). Um programa de auditório e gravado ao vivo. Quem conhece um pouco dos bastidores de uma emissora de televisão, sabe que este tipo de programa é o mais caro e o mais difícil de se fazer. Esse programa é uma grande vitória para a cultura hip-hop (esse não é o único tema do programa mas além de ser um deles, o programa tb tem um rapper como apresentador) e, como não poderia ser diferente estou muito feliz com isso. Parabéns ao Rappin pela conquista.
Por outro lado, estou muito triste com o jeito que foi tratado o rap na virada cultural. O rap, e nenhum movimento artístico em si, tem culpa por eventuais tumultos em shows, a culpa pode ser de qualquer coisa, da policia, do artista, do publico, mas nunca do movimento em si. Digo isso pq, o núcleo de shows e dos eventos da virada sempre foi o centro velho da capital e a idéia de transição do publico entre um palco e outro é fenomenal. Porém, o palco dedicado ao rap ficou muito afastado, do outro lado do terminal Parque D. Pedro, ou seja, sem nenhuma possibilidade de interação com o resto do evento.
Passado esse ocorrido, não satisfeita um ano depois, ou seja, poucos dias antes da virada cultural deste ano, a emissora voltou a exibir a mesma matéria.
Bom saldo disso tudo...
1. A prefeitura de SP, através de seu desconhecido líder "o prefeito" e suas secretarias, é preconceituosa - o que é crime baseado na legislação brasileira.
2. A rede record de televisão, fruto da igreja universal do reino de Deus, não merece nosso respeito, pelo simples fato de ser raza, sem conteúdo, com (alguns) profissionais não merecedores dos cargos que ocupam.
Dica à rede record: quer uma boa pauta e uma boa matéria sobre a cultua hip-hop brasileira? Basta pesquisar um pouquinho só que vcs encontrarão a Casa do Hip-Hop de Diadema, encontrarão educadores como o rapper Criolo Doido, encontrarão artistas de gabarito como o Emicida, isso sem contar a quantidade de bons grupos que temos – Relatos da Invasão, CaGeBe, Pentágono e, por ai vai...