terça-feira, 5 de maio de 2009

"Os homens medievais gostavam de dizer que Deus havia escrito dois livros: a natureza e as Escrituras. Uma vez que Deus é o Autor, e esse mestre nunca se contradiz, os dois livros nunca se contradizem. Esse Deus que nunca se contradiz também nos deu dois detectores da verdade, a fé e a razão; conclui-se que a fé e a razão, se empregadas corretamente, nunca se contradizem; as heresias, no entanto, são totalmente contrárias à razão. Embora nem todas as verdades da fé possam ser provadas pela razão, todos os argumentos contra essa fé podem ser refutados racionalmente.
(...)
Deus, de forma generosa, proporcionou sinais em toda parte: natureza, homem e História. A alma do homem, concebida e criada à imagem de Deus, é dotada de três faculdades, presentes unicamente no ho­mem: o intelecto, a vontade moral e a imaginação (idéias). Deus deixou pistas, em abundância, em todos os três. Comunica-se com a vontade por meio da consciência universal e de profetas inspira­dos; com a imaginação, por intermédio dos (falíveis, mas às vezes muito belos) mitos de cada cultura; e com o intelecto, pelos filó­sofos gregos. O primeiro filósofo verdadeiro, avô de todos os filó­sofos, é Sócrates. Todas as três pistas são indicadores de Cristo".

(introdução do livro Socrates e Jesus de Peter Kreeft)

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